Polícia e Ministério Público fazem novas buscas sobre o caso Marielle


A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem na manhã desta quarta-feira, 13, novos mandados de busca e apreensão no curso das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes.

Na terça, dois homens foram presos sob suspeita de terem cometido o crime na noite do dia 14 de março de 2018. 

O policial militar reformado Ronnie Lessa é acusado de ter efetuado os disparos e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, de ser o condutor do carro usado no crime.

A dupla foi denunciada pelos homicídios qualificados de Marielle e Anderson Gomes e tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que sobreviveu.

O MP-RJ considera que o crime foi planejado de forma “meticulosa” nos três meses que antecederam as execuções. O delegado Giniton Lages, da Delegacia de Homicídios do RJ, destacou que os suspeitos não deixaram o carro em nenhum instante que permitisse que eles fossem identificados no dia do crime — só para aguardar a saída de Marielle do evento onde estava, na Lapa, a dupla aguardou dentro do carro por cerca de duas horas.

Diante da dificuldade de identificação dos autores pelas informações disponíveis no dia do crime, o delegado explicou que o planejamento da ação deixou vestígios que permitiram à polícia chegar a Lessa e Queiroz. Entre as evidências colhidas estão pesquisas sobre o endereço onde Marielle vivia e o armamento usado na ação.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.

Os advogados de Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz negaram o envolvimento de seus clientes no caso. Logo após a prisão, Lessa e Queiroz receberam a visita dos defensores, na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

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