A possibilidade de chuvas dentro da média
normal ou um pouco acima para boa parte do semiárido nordestino é vista com
otimismo pelo meteorologista Luiz Carlos Molion, aposentado pela Universidade
Federal de Alagoas (UFA), ao afirmar que, de acordo com o método de previsão
por similaridade, 2019 será um ano de inverno favorável na Paraíba e Rio Grande
do Norte, embora o sertão do estado paraibano ainda possa sofrer com uma
redução nas precipitações, de 15% a 20% abaixo da média histórica.
-- “Tenho notado que as frentes frias
estão chegando até a região equatorial e, nessas circunstâncias, há tendências
de se ter na Paraíba e no Rio Grande do Norte chuvas na média ou até acima do
normal. Eu diria que 2019 não deve ser um ano muito crítico, nada parecido com
o que já passamos em 2015, 2016 e 2017, que foi o período mais seco dos últimos
20 anos”, afirma Molion.
O meteorologista prevê ainda que 2020 seja
o ano de “salvação da lavoura”, pois embora 2018 e 2019 sejam anos chuvosos, a
seca que perdurou por mais de seis anos deixou resquícios na maior parte dos
reservatórios do estado e isso só deve voltar a se regularizar com o período
chuvoso de 2020.
Por outro lado, alguns meteorologistas se
mostram mais cautelosos e acreditam que, de modo geral, os estados do Nordeste
poderão ter chuvas abaixo da média histórica em 2019, isso porque a
possibilidade da ocorrência de um El Niño no fim de 2018 e início de 2019 chega
a 70%, segundo o Centro de Previsão Climática do NOAA (Administração Oceânica e
Atmosférica Nacional), dos Estados Unidos.
O
El Niño
Um fenômeno causado pelo aquecimento
anormal das águas do Pacífico, seguido pelo enfraquecimento dos ventos alísios.
Essas alterações modificam o sistema climático de distribuição das chuvas e de
calor em diversas regiões do planeta.
- JORNAL DE FATO
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