A
ação da Polícia Federal nesta terça-feira em Natal contra o governador Robinson
Faria é a primeira diligência resultado da delação premiada que a
ex-procuradora da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês, negociou com o
Ministério Público Federal.
A
ex-procuradora foi alvo em 2015 da Operação Dama de Espadas, coordenada pelo
Ministério Público do RN.
A
colaboração de Rita, no entanto, passou longe da Procuradoria Geral de Justiça.
Ela preferiu entregar o que sabe ao MPF por temer que houvesse interferência no
Ministério Público do RN.
Feita
há pouco mais de dois meses, a delação de Rita foi negociada em acordo
conduzido pelo procurador da República Rodrigo Teles, a quem Rita narrou crimes
na administração dos três poderes do Rio Grande do Norte e deixou claro que não
é ela a dama de espadas.
Ao
entregar o Executivo, Judiciário e Legislativo, a ex-procuradora da Assembleia
Legislativa sabia que inevitavelmente o foro seriam os tribunais superiores, já
que perante o STJ respondem o governadores e desembargadores.
A
reportagem confirmou que pelo menos um membro do Tribunal de Justiça foi
delatado ao Ministério Público Federal.
Com
a negociação direta com o MPF, as instâncias locais ficarão agora obrigadas a
seguir todos os procedimentos que vão derivar do Superior Tribunal de Justiça.
Tais
procedimentos deverão incluir novas frentes de investigações, já que Rita
entregou esquemas de desvios de recursos públicos celebrados em fraudes em
contratos, o que incluirá no escândalo agentes do setor produtivo. - Portal no AR.
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