Uma
portaria publicada no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira
(30) e assinada pelos presidentes dos tribunais superiores informa que o
bloqueio de R$ 1,7 bilhão determinado pelo Executivo no orçamento do Judiciário
vai "inviabilizar" as eleições de 2016 por meio eletrônico.
Em
nota divulgada nesta segunda, o TSE ressaltou que o contingenciamento de R$
428.739.416 do orçamento da Justiça Eleitoral para 2016 "compromete severamente"
projetos do próprio tribunal e dos Tribunais Regionais Eleitorais.
De
acordo com o tribunal eleitoral, o maior impacto do bloqueio do dinheiro
reservado à Justiça Eleitoral é comprometer o processo de aquisição de urnas
eletrônicas que já está licitado.
Em
comunicado divulgado nesta segunda, o TSE afirma que o presidente do tribunal,
ministro Dias Toffoli, irá, em conjunto com o presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Ricardo Lewandowski, fazer "todos os esforços" no
Congresso Nacional para que o dinheiro reservado ao Judiciário seja autorizado,
"a fim de se garantir a normalidade das eleições do ano que vem".
Veja
abaixo a íntegra da nota divulgada pelo TSE:
A
Portaria Conjunta nº 3/2015, publicada nesta segunda-feira (30) no Diário
Oficial da União e assinada pelos presidentes dos tribunais superiores, informa
que o contingenciamento de recursos determinado pela União para cada área do
Poder Judiciário, incluindo a Justiça Eleitoral, “inviabilizará as eleições de
2016 por meio eletrônico”.
Na
semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias
Toffoli, já havia procurado o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Ricardo Lewandowski, para expor a preocupação diante da medida do
Executivo.
O
total que não será repassado para a Justiça Eleitoral soma exatos R$
428.739.416,00 o que prejudicará a aquisição e manutenção de equipamentos necessários
para a execução do pleito do próximo ano. Esse bloqueio no orçamento compromete
severamente vários projetos do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
O
impacto maior reflete no processo de aquisição de urnas eletrônicas, com
licitação já em curso e imprescindível contratação até o fim do mês de
dezembro, com o comprometimento de uma despesa estimada em R$ 200.000.000,00.
A
demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano irreversível
e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas tem prazo
certo e improrrogável para que estejam em produção nos cartórios eleitorais.
Na
espécie, não há dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer,
ante a iminente ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições
Eletrônicas Municipais de 2016.
A
portaria dos tribunais superiores é assinada pelos presidentes do STF, ministro
Ricardo Lewandowski, do TSE, ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), ministro Antonio José de Barros Levenhagen, do Superior
Tribunal Militar (STM), William de Oliveira Barros, do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador Getúlio de Moraes
Oliveira, e pela vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra
Laurita Vaz.
O
presidente do TSE registra e agradece o apoio do presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e informa que, juntos, irão envidar
todos os esforços no Congresso Nacional para que as verbas devidas sejam
autorizadas, a fim de se garantir a normalidade das eleições do ano que vem.
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