Quem
mora em Currais Novos, um dos maiores municípios da região Seridó potiguar,
compreende a necessidade de racionar água, mas reclama quando o esquema
do rodízio falha. O
município tem 44 mil pessoas.
A
dona de casa Maria das Graças Araújo, de 61 anos, diz nunca ter passado por um
período de falta d'água tão ruim. “Nunca sofremos tanto”, conta. “Tem que ficar
pastorando, vigiando. A bica fica aberta o tempo todo. Se cair água, já vai
para dentro do balde. Não podemos perder um minuto quando a água da Caern
chega”, diz ela.
Na
casa ao lado mora Marli Medeiros, de 58 anos. Ela conta que toma banho sobre
uma bacia para aproveitar a pouca água que tem. “É assim todos os dias. A água
que chega a gente guarda na caixa, em baldes, onde dá.
Na
hora de tomar banho, eu fico em pé na bacia e deixo a água descer pelo
corpo. O que cai na bacia uso novamente. No fim, a água já serve para dar
descarga no banheiro e molhar as plantas”, explica.
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