Dez dias depois da tragédia, PSB admite erro no uso de jato que matou Eduardo Campos


Uso eleitoral: O jato que servia ao candidato na campanha para a Presidência - O Globo.
  
Embora não admitam em público, dirigentes do PSB sabem que houve erros no uso do Cessna Citation PR-AFA na campanha eleitoral.

O avião caiu e matou o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas dia 13.

O PSB contratou uma equipe de advogados para atuar nesse e em outros casos da campanha à Presidência.

O jato estava oficialmente em nome da AF Andrade, um grupo de usineiros, e não poderia ter sido usado na campanha, como revelou o GLOBO na sexta-feira.

Complicação

Segundo autoridades da Justiça Eleitoral, uma empresa só pode doar serviço ou produto ligado a suas atividades fins. Não há registro de que a AF atue como empresa de táxi aéreo.

O uso do avião pode complicar a prestação de contas de campanha do PSB. A doação dos serviços de táxi aéreo não consta dos registros do partido no TSE.

O advogado Ricardo Penteado, um dos novos encarregados da defesa do PSB, afirmou que começou a conversar com dirigentes do partido para levantar documentos sobre as transações relacionadas ao Cessna.

Penteado disse que, só após falar com alguns dirigentes do PSB, poderá falar sobre o uso do jato: — “Estou me inteirando de tudo isso. Mas estamos tendo dificuldades de recolher alguns documentos”.

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