Pegou
muita gente de surpresa o comunicado feito na tarde de quarta-feira, na Câmara
Municipal de Natal, sobre a viagem do prefeito Carlos Eduardo Alves, do PDT,
para a Espanha.
Com
duração de 12 dias, a mensagem não trouxe qualquer informação sobre quem vai
assumir a chefia do Executivo durante a excursão, “a trabalho”, de Carlos
Eduardo.
Fato
que motivou uma ação que vereadores deverão ingressar na Justiça Comum pedindo
que a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, do PSB, se manifeste sobre o
caso.
Isso
porque, para alguns vereadores (notadamente os de oposição a administração
municipal), a atitude do presidente da Câmara Municipal de Natal, Albert
Dickson, do PROS, foi omissa.
Vale
lembrar que, apesar de ser direcionada para a vice-prefeita, a ação será
extensiva, também, para o presidente da Câmara Municipal de Natal, Albert
Dickson. Ele terá que assumir a Prefeitura de Natal, renunciar ou se afastar do
cargo de presidente.
Além
de Wilma de Faria e Albert Dickson, que são candidatos e, dessa forma, não
poderiam assumir porque cairiam na Lei número 64 (Lei da Inelegibilidade),
também estaria impossibilitado de chegar a chefia do Executivo o primeiro
vice-presidente, o vereador Júlio Protásio, do PSB e líder da bancada do
prefeito na Câmara.
Ele,
porém, passou por uma cirurgia e está 20 dias afastado do trabalho parlamentar,
o que o tornaria incapaz, também, de trabalhar pelo Executivo.
“Wilma hoje é a prefeita e está inelegível”
Se
na ação ingressada pelo advogado Pablo Pinto é pedida a explicação sobre quem é
o chefe do Executivo, para o vereador do PT, Fernando Lucena, a situação está
muito clara.
-- “Wilma de Faria, hoje, é a prefeita de Natal e está inelegível”,
decretou o parlamentar, acrescentando que, por isso, vai pedir a
inelegibilidade dela porque Wilma teria desrespeitado o prazo de
desincompatibilização.
Segundo
Fernando Lucena, não há a necessidade de uma oficialização de que Wilma está no
cargo. Na verdade, tendo o prefeito se afastado, ela já fica, automaticamente,
respondendo pela Prefeitura de Natal. “É automático. Quando o prefeito se
afasta por algum motivo, o vice assume e é ela quem está no cargo, portanto,
está inelegível”, concluiu o petista.
- JH
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