O novo terminal graneleiro em Porto do Mangue irá alavancar a mineração no Rio Grande do Norte, setor onde foram investidos R$ 1,5 bilhão nos últimos três anos pela iniciativa privada. É o que acredita o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Silvio Torquato, sobre os benefícios para o setor com a implantação do porto.
“A mineração do Rio Grande do Norte está mostrando que nós somos grandes produtores como, por exemplo, cimento, de scheelita, e temos muitas reservas de calcário. Isso tudo, junto com o porto, vai atrair mais investidores, novos empreendimentos”, afirmou.
O secretário contou sobre a audiência realizada em Porto do Mangue no sábado (15) onde foi apresentado à população o projeto do novo porto.
“Não houve nenhuma contestação. Apenas preocupações pertinentes sobre como ficariam os pescadores. Foram anotadas as observações, mas não terá problema no andamento do processo”, garantiu.
O próximo passo é a abertura do edital de licitação da empresa responsável pela construção do novo porto. Segundo Silvio Torquato, isso deve acontecer em dois ou três meses.
Com a implantação do novo porto, o secretário assegurou que o produto potiguar ficará mais competitivo no cenário econômico tendo em vista a redução no valor do frete.
Atualmente, a exportação é feita pelos portos de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco. A competição com esses dois terminais portuários não preocupa o secretário pelas vantagens do novo porto potiguar.
“A distância da mineração para o porto é pequeno sendo próxima ao porto. Sua localização geográfica também é uma vantagem em comparação com esses portos”, explicou.
Porto de Natal
O titular da Sedec garantiu que o terminal em Porto do Mangue não irá competir com o porto de Natal nem com o porto Ilha de Areia Branca, uma vez que cada um atende um segmento econômico diferente.
“Os portos vão juntar esforços. Tentamos exportar minério de ferro pelo Porto de Natal, mas não teve sucesso. O de Natal tem uma localização privilegiada para cargas rápidas e o de Porto de Mangue serão navios de grande capacidade de cargas”, explicou.
O diretor-presidente da Companhia de Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Pedro Terceiro de Melo, comentou que o porto será um bom investimento para dinamizar a economia potiguar e que não haverá competição entre os portos.
“O Porto de Natal não tem condições de exportar o volume de minério que se fala que o Estado tem. É para pequenos volumes, de variados segmentos. Não fico receoso de forma nenhuma”, declarou.
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