`O poeta é um fingidor´... Já dizia o Fernando Pessoa!

Com todo respeito que possa ter ao amigo jornalista, poeta, agrônomo, petista Crispiniano Neto, é lamentável ver seu desespero com o resultado das urnas em Serra do Mel.

Antes da eleição suplementar o papo dele era outro. Não cobrava tanto rigor da justiça quando Manoel Cândido precisava do beneplácito da corte eleitoral.

Agora com a virada do jogo, o polivalente Crispin se apega a todos os santos para que impugnem o eleito, no caso o Fabinho, sob pretextos evasivos.

Infelizmente, o poeta se contradiz quando acusa do candidato do PMDB de fazer uso do programa do governo federal, que por sinal, é do partido da candidata derrotada.

Crispin em sua coluna Prova & Verso chegou a afirmar que houve “troca de serviços públicos de saúde (SUS) por voto”, além de tantos “podres” que ele afirma ter provas.

Ora meus amigos, a justiça eleitoral gasta uma fortuna com a eleição e o camarada que não gostou do resultado se acha no direito de condenar tudo, urnas eletrônicas e até mesários que se dispuseram a trabalhar voluntariamente.  

Bom, pelo que conheço o poeta, espero que ele recupere a lucidez. Não posso acreditar que ele acha que todo mundo é bobo. Não é possível que tenha havido tantos “crimes perfeitos” os quais ele descreve.

Seria bem mais simples reconhecer os próprios erros, não acha?

Para o texto não ficar extenso vou acrescentar apenas que analistas políticos de gabarito avaliam que Crispiniano foi um dos responsáveis pela derrota do PT. A cada ataque no palanque o povo tomava distância.  

Talvez, penso eu, o sentimento de culpa faça o poeta buscar tantos culpados!

Enfim, deixo os versos do Fernando Pessoa...

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

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