Porto de granéis: viabilidade técnica e econômica

Por Jean-Paul Prates

Ao longo da nossa gestão à frente Secretaria de Energia e Assuntos Internacionais, nos deparamos inúmeras vezes com projetos que ficaram literalmente “encalacrados” pela inexistência de um terminal oceânico de granéis, a saber:

- expansão da refinaria,
- revitalização da Alcanorte,
- implantação de indústrias de petroquímica,
- implantação de pólo industrial para equipamentos de petróleo e eólicas,
- realização da ZPE do Sertão,
- modernização da exploração salineira,
- potencial de exportação de oleaginosas, óleos vegetais e grãos,
- desenvolvimento da indústria cimenteira, e
- aproveitamento mais diverso de nossas gigantescas reservas de calcário e outros minerais - inclusive mas não se limitando ao minério de ferro.
Estes são apenas alguns exemplos, provavelmente havendo outros em setores com que temos menor contato.

Uma alternativa aventada para a instalação de um Terminal Oceânico de Granéis no Rio Grande do Norte seria a sua localização em Canto do Mangue, em área adjacente a Rosado e Camapum a oeste da ilha da Costinha, ao norte da sede do município de Porto do Mangue, com projeção de 14km mar adentro para encontrar um calado de 15m.


Claro que a solução não é simples. Se o fosse, já teria sido viabilizada!

*Jean-Paul Prates é advogado e economista, consultor e especialista em regulação 
Mestre em Gestão Pública de Recursos Energéticos pela Universidade da Pensilvânia
Mestre em Economia e Regulação de Petróleo, Gás e Energia pelo Instituto Francês do Petróleo (Paris) Articulista do Jornal O GLOBO. Exerceu o cargo de Secretário de Energia do Governo do Estado do Rio Grande do Norte entre 2007 e 2010.

EM TEMPO - O BLOG sugere uma mobilização para discutir o assunto com especialistas, lideranças políticas, empresários e a imprensa. Jean-Paul Prates, inclusive, se dispõe a participar! 

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