Abacaxi garante renda a famílias de agricultores

O que para muitos é sinônimo de problema, para 120 famílias de Ielmo Marinho, cidade do agreste do Rio Grande do Norte, é solução.

"Nossa vida é o abacaxi", resume José Xavier Júnior, 41, que representa os agricultores da Associação de Desenvolvimento Rural Ramada 1, donos desde 2010 de uma pequena fábrica de doces e geleia, financiada pelo Programa de Desenvolvimento Solidário, com recursos do Banco Mundial.

Foi em 2005 que os agricultores compraram as terras que durante anos arrendavam para plantar o fruto.

Com o apoio da Secretaria de Reforma Agrária do Estado, fizeram financiamento de 15 anos, pago com a renda conseguida na produção.

Na área, já são quatro ramadas --o nome vem dos ramos do abacaxi e serve para estampar os rótulos dos potes de doce de abacaxi e de outras frutas plantadas também no quintal das casas dos agricultores e que viram compota.

São 30 famílias em cada ramada, e 12 hectares para cada família.

Aos poucos os agricultores que podem vão se desligando de programas como o Bolsa Família e o Bolsa Estiagem --benefício que auxilia trabalhadores da agricultura familiar com renda mensal média de até dois salários mínimos e que vivem em áreas castigadas pela seca ou por situações de calamidade pública.[Folha/Uol]

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