Menina foi morta cruelmente e jogada no
rio Pataxó, em Ipanguaçu no ano de 1996
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Uma história longa e difícil de explicar. Um processo com mais
de 16 mil páginas encontra-se na Comarca de Ipanguaçu. Foram vários julgamentos,
uns absolvendo e outros condenando os réus. Quatro delegados investigaram o caso, o último concluiu que Elizete Lemos, que na época tinha 10 anos, foi raptada e brutalmente
assassinada no dia 10 de novembro de 1996, em ritual de magia negra.. Dezesseis anos se passaram.
Vamos tentar resumir os tristes fatos...
O corpo da menor foi encontrado três dias depois todo mutilado no rio Pataxó,
distante três quilômetros da casa dos pais dela.
A violência empregada para matar a menor e a impunidade dos acusados gerou
uma grande revolta popular no Vale do Açu.
Foram realizadas passeadas de Ipanguaçu para o município de Assu e atos
religiosos. Até a mídia nacional noticiou o fato. A
pressão surtiu efeito.
Os 7 acusados, depois de 7 anos na cadeia, começaram a ir a julgamento.
O primeiro foi Heleno Felipe. Pegou 19 anos de prisão e está preso até hoje.
Depois houve tentativas de julgar Jofre Pinto e Kátia Cristina em Assu.
A multidão não deixou. Mesmo assim foi condenado. Kátia também. Foram presos.
Luzialba, Veridiano, Wolase e Carlúzia, a pedido do promotor da época, foram absolvidos.
Uma tragédia atrás da outra
Ao tomar conhecimento da absolvição dos acusados de matar a filha
Elizete, Manoel Moura Lemos morreu vítima de um ataque cardíaco.
Revoltado com a liberdade dos suspeitos de matar a irmã Elizete,
Erinaldo Moura Lemos mata com vários tiros Luzialba Pinto Fernandes.
Mais um desfecho trágico. Dois homens numa motocicleta executaram com
tiros de doze Erinaldo Moura Lemos... O processo está parado!
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